Viagens, objetos e escrita: os itinerários da geografia existencial em Mãe, de Hugo Gonçalves
Publicado: 19/11/2025 - 16:08
Última modificação: 19/11/2025 - 16:18
RESUMO
A presente pesquisa parte da leitura da obra Mãe, do escritor português Hugo Gonçalves, uma vez que é possível considerar a presença de uma “geografia existencial” no decorrer da leitura, sendo essa formada por três elementos-chave: as viagens, os objetos e a escrita. Ademais, notamos que a obra pertence ao gênero romance de formação (Bildungsroman), em uma nova
formatação, tendo em vista as mudanças que a sociedade moderna agregou ao gênero. Sendo assim, propõe-se, além de estudar e situar a poética de Hugo Gonçalves dentro da Ficção Portuguesa Contemporânea, investigar os caminhos que o Bildungsroman está trilhando no mundo contemporâneo, bem como analisar os eixos estruturantes desse romance português atual. Em nosso percurso, utilizamos como referencial teórico a produção sobre a Literatura Portuguesa Contemporânea de Maria Alzira Seixo, Carlos Reis, Miguel Real e Eduardo Lourenço, bem como a crítica que trata do romance de formação de Franco Moretti, Wilma Patrícia Maas, Marcus Vinicius Mazzari e Maria Cecília Marks, além das produções que discutem diretamente memória, objetos e Escrita de Si de Marc Augé, Yi-Fu Tuan, Italo Calvino, Byung-Chul Han e Michel Foucault.
PALAVRAS-CHAVE: Mãe. Hugo Gonçalves. Geografia existencial. Escrita de Si. Literatura Portuguesa Contemporânea